quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Tio Cleobaldo ajuda necessitados com comida e serviços de assistência social há mais de cinco décadas em Goiânia

Por João Ramos e Laura Oliveira

“Eu mudei pra Goiânia em 1970, mas foi em 1971 que comecei levando mingau de fubá ao Hospital do Câncer e ajudando aquelas pessoas que chegavam para Goiânia (para tratamento de saúde). Ali, na estrada de trem de ferro, ali na Aviação Araguaína, ali no Setor Ferroviário.”

“Comecei nos anos 70 com esse trabalho, e o que aconteceu? Fui ajudando gente, ajudando gente, depois eu comecei a trabalhar com pessoal em situação de rua, trabalhei muito tempo incentivando criança, colocando criança em escola, mas eu dediquei mais ao pessoal de rua. Eu sempre trabalhei com essas pessoas de extrema dificuldade.”

“Desde aquela época, eu sempre ajudei, eu me preocupei muito com a prevenção, eu sempre ajudei aquelas crianças, tirar registro, pôr em escola. Eu dava uma cartilha, eu dava uma tabuada, dava um caderno, uma borracha e incentivava a ir pra escola, incentivava a tirar o registro

Tio Cleobaldo relembra sua história em prol do auxílio ao próximo.

“Quase cinco décadas de muita história e de muito amor ao próximo. São muitos anos de luta, no enfrentamento às injustiças e no combate à fome. Acreditamos em uma sociedade justa, onde a justiça social reine e os nossos irmãos tenham acesso ao básico para uma vida digna.”

“Existe programa para criança, para adolescente, para idoso, mas para o homem de rua não existe, para o “bebum”, para esse pessoal que vive em extrema dificuldade, passou de pai pra filho, não existe. Então, nós, porque acreditamos na reforma, nosso grupo, eu acredito, na reforma da pessoa, na melhora da pessoa se a gente der uma ajuda, se a gente conversar, se a gente incentivar, se a gente internar essa pessoa, falar sobre o bem, falar sobre a saúde.”

Tio Cleobaldo conta porque optou em entregar a comida no formato marmitex.

“Então é um compromisso nosso, pra sociedade do verdadeiro homem de Deus, do verdadeiro cristão, é melhorar o homem. Nós fazemos esse trabalho porque nossos voluntários acreditam na reforma da pessoa, na melhora da pessoa.”

Tio Cleobaldo frisa que recebe muitas doações

“Amor é uma palavra belíssima, amor é um sorriso, é um ato de caridade, uma palavra amiga, é um prato de comida para quem tem fome, são os aprendizes da vida e do evangelho. Ai de quem não aprender a amar o próximo, ai de quem não aprender a respeitar o próximo. A pessoa vendo a dificuldade do próximo, ela melhora dia a dia, é uma mudança, quando nós encontramos, com esse trabalho, Deus na nossa vida, né?”