Por Emanuelle Mattos, Gabriela Rezende e Kézia Pimentel.
O X Congresso de Ciências e Tecnologias da PUC Goiás começou o segundo dia de evento (15/10) com programações em todas as Escolas que compõem a Universidade. Para o curso de Design, a temática principal foi o mundo dos artistas independentes. Durante a manhã, alunos e professores se reuniram na Área II para prestigiar a exposição de publicações de autores independentes e, logo após, ouvir a fala dos expositores sobre suas obras. A escritora e jornalista Larissa Mundim, da editora Negalilu, e o Gabinete de Curiosidades Macaco Hábil, representados pelos seus fundadores Daniela Fiuza e Emerson Schneider, apresentaram seus trabalhos.
Daniela e Emerson exibiram o curta-metragem “O Micronauta”. A animação conta as aventuras de um explorador e seu companheiro fiel, o pequeno robôzinho, ao chegar em um planeta desconhecido – que nós chamamos de Terra. Eles contam que um dos objetivos do trabalho é alcançar a todos os públicos, para isso, eles criaram uma cartilha, guia para o professor utilizar na educação infantil com acessibilidade. “A ideia era que as crianças cegas ou com baixa visão pudessem ter a mesma experiência do resto do público”, declara Daniela.
Larissa Mundim admite que sempre quis seguir a carreira de escritora e que o único impasse para a publicação de seu livro era a ausência de uma editora. “Eu terminei de escrever e quis publicar e aí surgiu meu contato com o editorial”, explica. Negalilu foi o ponto de partida para a divulgação de vários outros autores independentes, que acharam em Larissa um começo. Entre essas obras independentes, 14 foram mostradas no evento. Pesquisas da plataforma de autopublicação Clube dos Autores revelam que esse tipo de produção teve um aumento de 30% em 2020, ano da pandemia da COVID-19 no Brasil.
Os palestrantes ressaltaram a necessidade de estarem sempre inovando para conseguir atingir o público-alvo e as dificuldades que vivem no mercado de publicações independentes. “Como vou me reinventar e continuar com as contas pagas, com a família bem, isso passa na nossa cabeça quase todos os dias”, relata Daniela. Emerson reitera que é necessário sempre lembrar que atrás da tela existe uma pessoa. “Se você conseguir explicar para o outro o porquê de você ter investido tanto tempo num projeto de maneira simples e clara já valeu a pena.”
Professora do curso de Design, Genilda Alexandria, explica que a escolha do tema surgiu ao observar as produções independentes de seus alunos (como adesivos, pinturas e instalações) e a ideia de mostrar a eles que esse é um caminho possível de ser seguido. Além disso, ela evidencia que há um espaço para os futuros designers mostrarem suas obras: “O centro acadêmico do curso tem promovido mensalmente um bazar que acontece no hall da área 3 com essas produções que os estudantes mesmo têm desenvolvido […] que são feitas […] artesanalmente, sempre com essa iniciativa própria deles”.
Luis Felipe Alves Magalhães, 20 anos, é estudante de Design e fala sobre a importância do contato com esses profissionais para sua formação. “É muito interessante pra gente ver na prática como é que as coisas podem acontecer, sair um pouco da sala de aula e ver o que a gente consegue fazer, o que outras pessoas já estão fazendo e os produtos finais”, destaca.
O X congresso de Ciências e Tecnologias da PUC Goiás acontece de 14 a 19 de outubro, nos campus da PUC Goiás e de forma online. Para conferir a programação acesse o link.