Por Guilherme Ferreira
Na última sexta-feira (13), Ana Beatriz Mello, formanda de Jornalismo, apresentou o documentário “Nas Margens do Silêncio – Histórias de Enfrentamento e Cuidado” como Trabalho de Conclusão de Curso. O produto audiovisual destaca o papel da família e dos cuidadores de pessoas com transtornos psíquicos. “Por meio de relatos pessoais, a obra busca desmitificar preconceitos, promover a sensibilização e reforçar a importância das redes de apoio no enfrentamento dessas condições”, destaca a autora.
O documentário aborda especialmente a demência, o transtorno esquizoafetivo e a bipolaridade. A demência é uma condição que afeta a cognição e a memória, frequentemente associada ao envelhecimento. O transtorno esquizoafetivo combina sintomas da esquizofrenia, como alucinações e delírios, com sintomas de transtornos de humor, como depressão e mania. Já o transtorno afetivo bipolar é caracterizado por alternância entre episódios de mania e depressão, afetando o humor, a energia e o funcionamento diário do indivíduo.
Ana Beatriz comentou que a escolha do tema se deu pela sua proximidade com o assunto e a importância dele para a sociedade. “A sugestão do tema surgiu da minha orientadora, Eliani Covem. Escolhi esse tema, também, por ser portadora de dois transtornos psíquicos — depressão e transtorno de ansiedade generalizado (TAG) — e por ser importante abordar o assunto que é, infelizmente, invisível para a sociedade”.
O objetivo do documentário, de acordo com Ana Beatriz, é de desmitificar os preconceitos, dar voz às pessoas com transtornos psíquicos, familiares e cuidadores, promover a sensibilização e destacar a importância da rede de apoio. O documentário cumpre esses objetivos de maneira cuidadosa e sensível, oferecendo uma perspectiva humanizada e informativa sobre o tema.
A banca avaliadora foi composta pelas professoras Sabrina Moreira e Gabriella Luccianni. Ana Beatriz definiu a banca como um momento “emocionante” e “especial”. Ela relata que ao apresentar estava ansiosa e nervosa, “na minha cabeça, só passava desaprovação e observações negativas sobre o meu trabalho”.