Por Rebeca Oliveira.
Pautado por uma imensa paixão pela comunicação, Rodrigo Melo nunca imaginou que sua história profissional seria tão intensa e desafiadora. Durante esta entrevista, o jornalista falou sobre o sonho de ajudar as pessoas através da sua profissão, narrando as dificuldades e alegrias que enfrentou desde a faculdade até sua fase atual, como repórter do jornal O Popular.
Relembrando os tempos de faculdade, Rodrigo explica o porquê de escolher cursar jornalismo. “Eu sempre gostei de escrever e a ideia de ser jornalista surgiu naturalmente, inclusive eu entrei para o jornalismo por uma questão mais social, de ser a voz do povo, de cobrar do poder público, de atuar em prol da comunidade. A faculdade, no entanto, me abriu os olhos para um leque vasto de possibilidades que nunca imaginei que poderia explorar”, conta ele.
Com o decorrer do curso ele passou a ser notado por seus professores e conta como isso foi importante e o influenciou diretamente na decisão de ser repórter. “No primeiro semestre, uma professora de Audiovisual viu que eu tinha muito jeito para TV pois eu tinha uma naturalidade para falar diante das câmeras. Isso foi primordial para que eu aceitasse uma proposta de um estágio na Sagres, onde atuei como repórter”, relata.
Ele comenta também como a PUC Goiás foi essencial para a sua formação, dando ênfase à infraestrutura, professores e reconhecimento acadêmico. “A qualidade de ensino e de estrutura foram pontos positivos da minha graduação, os professores também buscavam atualizar e contextualizar suas disciplinas com as novidades.” Além disso, Rodrigo destaca seu crescimento pessoal. “Algo que me marcou foi o reconhecimento do mérito acadêmico, uma premiação para os alunos que se destacavam. Eu fui um dos escolhidos e isso foi um orgulho imenso”, revela.
Rodrigo explica que os estágios foram fundamentais para sua formação. Durante a faculdade, ele estagiou como repórter em veículos como a “Sagres” e o jornal “O Hoje”, onde adquiriu habilidades práticas que a teoria não conseguiu ensinar. “Eu descobri que o aluno exemplar e elogiado pelos professores era quase um analfabeto jornalístico, diria que 60% do que sei foi aprendido nos estágios. Foi lá que desenvolvi minha gramática, oratória e até a capacidade de interpretação”, explica. Para ele, a experiência prática foi crucial para se inserir no mercado de trabalho.
O estudante também se destacou por sua iniciativa durante a pandemia, quando, junto a uma moradora da região noroeste de Goiânia, criou um jornal no Instagram para informar a comunidade sobre os números e impactos da Covid-19 na rotina da população. “Foi um projeto que cresceu mais do que imaginávamos, e foi muito gratificante ver como a comunidade se engajou”, conta.
Outro ponto que chama a atenção na sua trajetória é a escolha do tema do TCC. “A Força do Nordestino em Goiás”. Morador da zona noroeste de Goiânia, ele sempre teve uma relação próxima com a cultura nordestina. “Percebi o quanto os nordestinos são importantes para a cultura local, mas também o quanto sofrem com preconceito. Meu trabalho foi uma forma de dar voz a essas pessoas, e, mais do que isso, destacar a força da cultura nordestina em Goiás”, explica ele, que foi responsável pela gravação e edição de todas as entrevistas realizadas para o trabalho.
Após a graduação, a busca pelo primeiro emprego não foi o vilão que muitos temem. Graças à experiência adquirida durante os estágios, foi contratado no jornal O Hoje e, logo depois, no O Popular. “Eu já estava estagiando e criando uma rede de contatos. Isso fez toda a diferença”, lembra ele, que hoje cobre notícias factuais e especiais, além de editar vídeos.
Entre muitos fatos que marcaram sua carreira, um que ficou gravado na memória foi a cobertura do caso da adolescente Amélia Vitória, estuprada e assassinada em Aparecida de Goiânia. “Foi um caso muito doloroso. A crueldade do crime, a angústia da família e a cobertura da polícia marcaram profundamente minha trajetória”, diz Rodrigo, que acompanhou cada detalhe, desde o desaparecimento até a prisão do verdadeiro culpado.
Sobre sua realização profissional, Rodrigo não hesita em dizer que se sente grato por tudo o que conquistou até agora, mas ainda nutre sonhos. “Trabalhar em São Paulo ou Brasília, cobrindo pautas nacionais, ainda é um sonho. Não pensando tanto em TV hoje em dia, pois acredito que tanto no impresso como no digital é possível aprofundar mais os assuntos”, compartilha.
Por fim, Rodrigo deixa um conselho para os estudantes de jornalismo, de forma clara e direta: “Aproveitem a faculdade ao máximo. Se dediquem a cada disciplina, aproveitem os estágios, façam atividades extracurriculares, façam monitoria, artigos científicos, busquem experiências práticas e não tenham medo de arriscar. O mercado de trabalho é exigente e quem se prepara sai na frente”, afirma.
Com a mesma paixão que o impulsionou a seguir na carreira, Rodrigo Melo se consolida como um exemplo de profissional que soube unir dedicação, talento e coragem para transformar a vida acadêmica em uma carreira brilhante e de sucesso. Sua trajetória, como ele mesmo diz, está só começando.