quarta-feira, 23 de outubro de 2024
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Consultora de imagem explica que a roupa deve traduzir a história das pessoas

Por Ana Clara Collet

Formada em Psicologia e Design de Moda, Fernanda Moraes tem uma visão reflexiva sobre o mundo da moda e como esse assunto influencia as pessoas.

“É importante entender que não será comprando uma roupa bonita na vitrine que resolverá seus problemas de estilo pessoal, mas um conjunto, um conjunto vivo, que está sempre em movimento, em mudança e evolução”, diz a consultora de moda.

No 6º período de faculdade de Psicologia, descobriu que sua vontade era trabalhar com algo mais estético e visual, resgatando seu gosto pela moda. Mesmo após se frustrar com a faculdade de Design de moda, por considerar o curso pouco imerso no mercado de trabalho, conseguiu encontrar sua paixão: entender e conhecer sobre a moda e o que ela pode proporcionar a uma pessoa.

“Eu sou uma tradutora, traduzo a história das pessoas, como ela se posiciona e no que ela acredita em uma roupa e que ela possa vestir-se dela no mundo”, diz Fernanda, ao explicar o que é ser uma consultora de moda.” Ser consultora é você compreender os modelos de comportamentos, gostos pessoais e transformar isso em elementos visuais de forma que ela possa contar isso ao mundo e a ela mesma”.

A profissional afirma que saber ser estilosa e ter recursos financeiros não tem nenhuma relação entre si, porque moda é muito mais “sobre saber garimpar, do que gastar”. Qualquer um pode contar sua história através da roupa, basta saber fazer suas próprias escolhas. Uma peça de roupa pode ser mais versátil do que imaginamos e é por isso que precisamos nos conhecer. “Quando nos conhecemos, sabemos fazer boas escolhas”, explica.

Uma roupa tem a plena capacidade de mexer com o emocional de uma pessoa, tanto em relação à postura quanto em relação à transmissão de ideias e pensamentos. Fernanda acredita que “quando a pessoa se observa no espelho, vestindo algo que faça sentido e proporciona boas emoções e memórias, consegue trazer para si, no seu comportamento, boas sensações”.

Devido ao flerte com a comunicação e sua formação em Psicologia, Fernanda ensina às clientes não só a ideia do “look bonito”, mas a história da moda em si para que elas consigam se conhecer acima de tudo. Ela finaliza dizendo que “querer usar sempre as roupas em tendência é igual correr uma maratona que nunca acaba, porque o mercado não vai deixar de produzir”. É melhor priorizar se autoconhecer para que a pessoas “tenham seu repertório visual e se identifiquem em uma roupa”.