Por Camila Nunes
Supervisão: profª Bernadete Coelho.
Nos últimos anos, os brechós deixaram de ser vistos como espaços bagunçados que vendem roupas usadas e passaram a ocupar um lugar de protagonismo na moda sustentável, oferecendo estilo, exclusividade e propósito. Mulheres têm liderado esse movimento, com um olhar atento para o reaproveitamento e a curadoria de peças únicas. Exemplos como o de Elizabeth Camargo, que recomeçou sua trajetória empreendedora após a pandemia, mostram como os brechós se tornaram também ferramentas de transformação pessoal e financeira.
Com o avanço da economia circular e a mudança de comportamento do consumidor, especialmente após a pandemia, o número de lojas físicas e virtuais que vendem itens de segunda mão cresceu expressivamente, impulsionado pela busca por alternativas mais acessíveis e conscientes de consumo. Em Goiânia, esse movimento ganhou força com o Encontro de Brechós, idealizado por Thaís Moreira, e fortalecido por parcerias com o Sebrae, que criou o programa Trilha Brechós. A capacitação tem sido essencial para transformar negócios informais em empreendimentos rentáveis e organizados, com foco em gestão, marketing e curadoria de peças.
Além de ser uma tendência entre os jovens da geração Z, os brechós passaram a ser valorizados por sua proposta de moda única, com itens que carregam histórias e autenticidade. A experiência de garimpar roupas se tornou um programa cultural e afetivo, como relata a estudante de jornalismo Sarah Naomy. Com o apoio de iniciativas como as do Sebrae e o crescente interesse por práticas sustentáveis, os brechós consolidam-se como negócios viáveis, criativos e cheios de significado, tanto para quem vende quanto para quem compra.
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