Texto: Bruno Garcia Maranhão (estudante de Jornalismo, monitor do Observatório de Mídia da PUC Goiás, sob a supervisão do professor Rogério Borges)
A Inteligência Artificial está cada vez mais presente em nossas vidas e está entre um dos marcos da evolução tecnológica dos últimos anos. Diante disso, o Observatório de Mídia da PUC Goiás realizou, na manhã do dia 27 de março, o primeiro encontro da edição 2025 de seu Ciclo de Debates, com dois convidados, voltados para os estudantes de Jornalismo.
Salatiel Abraão, formado em Ciências da Computação pela PUC Goiás e mestrando no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e Carolina Zafino, docente da área de ciberjornalismo da PUC Goiás e com mestrado em Comunicação pela UFG, enriqueceram a conversa sobre Inteligência Artificial ao comentar a importância dela em várias áreas de conhecimento e do dia a dia.
Primeiramente, a professora de Jornalismo Carolina Zafino ressaltou que a tecnologia, além de ser um sistema que gera resultados a partir de dados, influencia espaços físicos e digitais. Ademais, apontou como isso afeta a profissão e transforma etapas características do trabalho jornalístico.
“Vamos sentir alguns efeitos em esferas críticas: na educação, no trabalho, meio-ambiente (sustentabilidade por meio da IA), integridade da informação (combate à desinformação), privacidade (LGPD) e soberania nacional (autonomia tecnológica e estratégica)”, apontou a professora.
Pesquisadores Salatiel Abraão e Carolina Zafino debatem IA no Ciclo de Debates do Observatório de Mídia da PUC Goiás
Sobre esse cenário, a docente expôs o planejamento de investimento astronômico, na casa dos bilhões, por parte dos Estados Unidos e da China, enfatizando a relevância da IA no presente e para o futuro. E no âmbito nacional, Carolina Zafino apresentou o foco na capacitação de profissionais, na defesa da segurança de dados e da democracia no Brasil.
“A gente precisa de legislações, de um controle maior do que é feito. O Marco Regulatório da Inteligência Artificial promete transformar como a IA opera no Brasil, haja vista que a inovação possa contribuir para toda a sociedade”, argumentou Carolina.
Já Salatiel apresentou os processos de aprendizado e evolução da IA como tecnologia e inovação na maneira de auxiliar e desenvolver tarefas de áreas do conhecimento. “A IA é um programa de computador que executa uma função. As IAs comumente usadas para fake news são de modelo de linguagem de probabilidade, de imagens e vídeos. A pessoas preferem conteúdos gerados pela IA, o que leva a personalização dos conteúdos e informações. No futuro, todo o sistema de recomendação de conteúdos na Internet seja feita por ela.”
Nesse sentido, ele acredita que a ferramenta estimulará narrativas e versões que agradam ou confortam pessoas e grupos sociais que, não necessariamente, seja fatos e verdades. “No futuro, as pessoas vão preferir cada vez mais coisas distintas, até a comunicação interpessoal ficará mais difícil e o outro entender o que você está falando.”
Por fim, Salatiel projeta o êxito da especialização do Jornalismo perante às preferências contemporâneas e momentâneas.
