Por Mariana Machado
Organizado pelos acadêmicos de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e pela professora Gabriella Luccianni, o Conexão com Egressos será na próxima terça-feira (23), às 19h, no miniauditório 102 B do campus V. Durante o evento, Luana Cavalcante falará sobre suas trajetórias acadêmica e profissional.
Luana integrou a primeira turma formada em Jornalismo pela PUC Goiás, em 2009. Formou-se também em Design Gráfico e é especialista em História Cultural. Hoje, é assessora de imprensa na Câmara Municipal de Anápolis e faz mestrado em Comunicação na UFG. O interesse pela pesquisa e a paixão pelo audiovisual resultaram no curta-metragem Eu Preciso Saber, sobre a Ditadura Militar em Anápolis.
Confira a entrevista com ela, produzida pela Agência Impressões.
Agência Impressões: Como foi sua vida na universidade?
Luana Cavalcante: Durante os quatro anos da faculdade me envolvi nas atividades acadêmicas o máximo que pude. Fui monitora da disciplina de Radiojornalismo, fiz estágio na Agência Experimental da PUC e por dois anos fui bolsista de iniciação científica. O professor de Antropologia de Comunicação abriu vagas para a área do Jornalismo e fui selecionada. Fiquei dois anos como bolsista/pesquisadora em um projeto de análise de um jornal do século XIX, que circulou em Ouro Preto. Inclusive o grupo de pesquisa fez duas viagens de pesquisa à Ouro Preto, parte custeada pelo CNPq.
A.I: Falando em áreas, por favor, conte também o porquê se formou e se especializou em outras áreas (Design Gráfico e História Cultural).
L.C: Fiz Especialização em História Cultural porque eu já tinha a pesquisa que resultou na minha monografia que apresentei em Jornalismo, que é sobre História da Imprensa. Pesquisei os critérios de noticiabilidade em um jornal do século XIX. Dei continuidade a essa pesquisa até 2011. História é uma área que gosto bastante.
Comecei o curso de Design Gráfico em 2020. Já no mercado de trabalho por mais de 10 anos eu estava muito envolvida com o Marketing, estratégicas de marketing em assessoria de Imprensa. Percebi que me faltava esse conhecimento técnico no meu dia a dia de trabalho e hoje já formada percebo que fiz uma boa escolha, pois uso bastante o Design alinhado com a assessoria de imprensa.
A.I: Como é sua rotina de trabalho como assessora parlamentar?
L.C: Sou assessora de imprensa desde 2011. A assessoria política é algo que gostei desde que tive a oportunidade de trabalho. No dia a dia acompanho os eventos institucionais, faço releases, tenho o contato com os veículos de comunicação e cuido das redes sociais. Nenhum dia é igual ao outro. Sempre tem algo que aparece fora da agenda e acho bacana essa possibilidade que o jornalista tem de sempre estar perto da notícia e ser hábil para acompanhar novas pautas que aparecem ao longo do dia.
A.I: Como surgiu a ideia de criar o curta-metragem Eu Preciso Saber?
L.C: Eu já tinha uma pesquisa documental na área de História sobre a época da Ditadura Militar em Anápolis, cidade em que nasci. Em 2016, ingressei no Laboratório de Pesquisa em Comunicação da Universidade de Brasília (UNB) e lá tive acesso a mais documentos que comprovavam a importância de Anápolis nesse período da história do Brasil. Me inscrevi no Fundo Municipal de Cultura, fui aprovada. O curta foi filmado em 2018 e lançado em 2019. O audiovisual me ajudou a ampliar a divulgação das minhas pesquisas. É um meio de comunicação amplo e me identifico com essa área.
A.I: Qual foi o maior desafio enfrentado em sua carreira?
L.C: O mais difícil é a gestão de pessoas em uma equipe de Comunicação. No meu início no mercado de trabalho tive que lidar com diferentes ambientes e é preciso habilidade de adaptação para que isso não interfira na qualidade do seu trabalho.
A.I: Pretende produzir mais conteúdos para o audiovisual?
L.C: Sim. Já estou em um projeto de pesquisa documental sobre a história da alfabetização no Brasil. Devo começar a filmar ainda este ano. O projeto desta vez é um longa-metragem.
A.I: Há uma cobertura ou qualquer outro trabalho pelo qual você tem um carinho especial?
L.C: Com certeza o curta-metragem que produzi porque é fruto de anos de pesquisa e estou envolvida com essa área de conhecimento desde a graduação em Jornalismo. Depois de anos consegui ampliar a divulgação. Muitas vezes nosso objeto de estudo tem um público mais limitado. Percebi que o audiovisual é um caminho para que mais pessoas tenham acesso ao conhecimento científico.